sexta-feira, 27 de outubro de 2017

Tais Cardoso, Paola dos anjos














1 O que a Idade Média não é? Explique. Pág,04

Não é um século, como o século XVI ou o século XVII, nem
um período bem definido e com características reconhecíveis como o Renascimento, o
Barroco ou o Romantismo. É uma sucessão de séculos assim chamada pelo humanista Flavio
Biondo, que viveu no século XV. Como todos os humanistas, Biondo preconizava um regresso
à cultura da Antiguidade Clássica e, por assim dizer, colocava entre parêntesis os séculos (em
que ele via uma época de decadência) que decorreram entre a queda do Império Romano
(476) e o seu tempo – embora o destino haja decidido que, afinal, Flavio Biondo pertencesse
também à Idade Média, por ter morrido em 1463 e se ter convencionalmente fixado o fim Idade Média no ano de 1492, o ano do descobrimento da América e da expulsão dos mouros
de Espanha.


2- A Idade Média não é um período exclusivo da civilização
europeia? Explique. Pág. 05

A Idade Média não é um período exclusivo da civilização europeia. Ao mesmo tempo que
a Idade Média ocidental, ocorre a do império do Oriente, que continua viva nos esplendores
de Bizâncio durante mil anos depois da queda de Roma. Nestes mesmos séculos floresce uma
grande civilização árabe enquanto na Europa circula mais ou menos clandestinamente, mas
vivíssima, uma cultura hebraica. As fronteiras que dividem estas diversas tradições culturais
não são tão nítidas como hoje se pensa (quando predomina a imagem do conflito entre
muçulmanos e cristãos no decurso das Cruzadas).


3- Os séculos medievais não são a Idade das Trevas?
Explique.pág.6

Se com esta expressão se pretende aludir a séculos de decadência física e cultural agitados
por terrores sem fim, fanatismo, intolerância, pestilências, fomes e carnificinas, este modelo
poderá ser aplicado, em parte, aos séculos que decorrem da queda do Império Romano até ao
novo milénio ou, pelo menos, ao renascimento carolíngio.


4- A Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida?
Explique. Pág. 10

Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida. É verdade que a Idade Média
está cheia de tímpanos de igrejas românicas repletos de diabos e suplícios infernais e que vê
circular a imagem do Triunfo da Morte; que é uma época de procissões penitenciais e, por
vezes, de uma nevrótica expectativa do fim, que os campos e os burgos são percorridos por
bandos de mendigos e de leprosos e que a literatura tem, por vezes, a alucinação das viagens
infernais. Mas, ao mesmo tempo, a Idade Média é a época em que os goliardos celebram a
alegria de viver e é, acima de tudo, a época da luz.
Exatamente para desmentir a lenda dos tempos escuros, é conveniente que se pense no gosto
medieval da luz.

5) A idade media nao ignorava acultura classica? Explique pag 12

Idade Média não ignora a cultura clássica. Embora tendo perdido os textos de muitos
autores antigos (os de Homero e dos trágicos gregos, por exemplo), conhecia Virgílio,
Horácio, Tibulo, Cícero, Plínio, o Jovem, Lucano, Ovídio, Estácio, Terêncio, Séneca,
Claudiano, Marcial e Salústio. O facto de existir memória destes autores não significa,
naturalmente, que fossem do conhecimento de todos. Um destes autores podia, por vezes, ser
conhecido num mosteiro com uma biblioteca bem fornecida e desconhecido noutros locais.
Havia, no entanto, sede de conhecimento e, numa época em que as comunicações pareciam tão
difíceis (mas, como vamos ver, viajava-se muito), os doutos procuravam por todos os modos
obter manuscritos preciosos. É célebre a história de Gerberto d’Aurillac, que depois será
Silvestre II, o Papa do ano 1000, que promete a um seu correspondente uma esfera armilar se
ele lhe arranjasse o manuscrito da Farsália de Lucano.



6- A Idade Média não foi uma época em que ninguém se atrevia
a ir além dos limites da sua aldeia? Explique. Pág. 14


É bem sabido que a Idade Média foi uma época de grandes viagens: basta pensar
em Marco Polo. A literatura medieval está repleta de relatos de viagens fascinantes, ainda que
com uma abundância de elementos lendários, e os vikings e os monges irlandeses foram
grandes navegadores, para não falar das repúblicas marítimas italianas.



7- A Idade Média não é sempre misógina? Explique. Pág. 16

A Idade Média não é sempre misógina. Os primeiros padres da Igreja manifestam um
profundo horror à sexualidade, de tal modo que alguns recorrem à autocastração, e a mulher é
sempre apontada como fomentadora do pecado. Esta misoginia mística está presente no mundo
monástico medieval; basta recordar o trecho do século X em que Odo de Cluny diz: «A beleza
do corpo está toda na pele. Com efeito, se os homens, dotados da penetração visual interna
como os linces da Beócia, vissem o que está sob a pele, a simples vista das mulheres seria
nauseabunda: essa graça feminina é apenas banhas, sangue, humor e fel. Considerai o que se
oculta no nariz, na garganta e no ventre: em toda a parte imundícies... E nós, que sentimos
repugnância em tocar sequer com as pontas dos dedos o vomitado ou o esterco, como
podemos desejar estreitar nos braços um simples caos de excrementos?» E não seria
necessário citar monges pudibundos, porque o mais feroz texto contra a mulher está em
Corbaccio, de Giovanni Boccaccio, e em pleno século XIV.


8- A Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras?
Explique. Pág. 17

Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras. Queimava-se gente na
Idade Média e não só por motivos religiosos, mas também por motivos políticos, pensemos no
julgamento e condenação de Joana d’Arc. Ardem hereges como frei Dolcino e ardem
criminosos como Gilles de Rais, que assassinou e estuprou muitos meninos (falava-se de
200).
Convém lembrar que 108 anos depois do fim «oficial» da Idade Média será queimado
Giordano Bruno no Campo dei Fiori e que o processo contra Galileu data de 1633, passados
141 anos desde o início da Idade Moderna. Galileu não foi queimado, mas em 1619, em
Toulouse, foi queimado Giulio Cesare Vanini, acusado de heresia, e em 1630, em Milão, como
nos conta Manzoni, foi queimado Gian Giacomo Mora, acusado de propagar a peste com
unguentos contaminados.
O mais feroz manual da Inquisição (nevrótica fenomenologia da feitiçaria e cruel testemunho
de misoginia e fanático obscurantismo), o infame Malleus Maleficarum, de Kramer e
Sprenger, é de 1486 (só seis anos antes do fim «oficial» da «idade das trevas»), e a mais
implacável perseguição das bruxas decorre, com as suas fogueiras, do Renascimento em
diante.

9- Qual a opinião de vocês sobre a Idade Média? Explique.

a idade media e os temas medievais são usados ate hoje em historia reais ou fantastica que chegaram ate nos. Assim,os contos de fadas,com suas princesas e castelos,dragões e reais,são geralmente um ambientadas bravura dos cavalheiros das cruzadas que atravessaram a Origem medio ea europa para lutar contra os infieis muitos rituais catolicos tem origem medieval. Enfim,a idade media e uma fonte de historia infantis, de lendas,filmes,jogos,e video game. Mas ela se compôs fundamentalmente de fatos reais .
.

Douglas Sanguiné Idade Média Umberto Eco






1- O que a Idade Média não é? A Idade Média não é um século. Não é um século, como o século XVI ou o século XVII, nem um período bem definido e com características reconhecíveis como o Renascimento, o Barroco ou o Romantismo. É uma sucessão de séculos assim chamada pelo humanista Flavio Biondo, que viveu no século XV.Como todos os humanistas, Biondo preconizava um regresso à cultura da Antiguidade Clássica e, por assim dizer, colocava entre parêntesis os séculos (em que ele via uma época de decadência) que decorreram entre a queda do Império Romano.


2- A Idade Média não é um período exclusivo da civilização
europeia? 
A Idade Média não é um período exclusivo da civilização europeia. Ao mesmo tempo que a Idade Média ocidental, ocorre a do império do Oriente, que continua viva nos esplendores de Bizâncio durante mil anos depois da queda de Roma. Nestes mesmos séculos floresce uma grande civilização árabe enquanto na Europa circula mais ou menos clandestinamente, mas vivíssima, uma cultura hebraica.


3- Os séculos medievais não são a Idade das Trevas?
Se com esta expressão se pretende aludir a séculos de decadência física e cultural agitados por terrores sem fim, fanatismo, intolerância, pestilências, fomes e carnificinas, este modelo poderá ser aplicado, em parte, aos séculos que decorrem da queda do Império Romano até ao novo milénio ou, pelo menos, ao renascimento carolíngio. Mas os tempos anteriores ao ano 1000 foram um tanto ou quanto escuros porque as invasões bárbaras, que durante alguns séculos fustigaram a Europa, destruíram aos poucos a civilização romana: as cidades estavam despovoadas ou em ruínas, as grandes estradas já não recebiam cuidados e desapareciam nos matagais, estavam esquecidas técnicas fundamentais como a
extração dos metais e da pedra, as terras de cultivo estavam ao abandono e, antes do fim do
milénio ou pelo menos antes da reforma feudal de Carlos Magno, zonas agrícolas inteiras
eram de novo florestas.


4- A Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida?
 É verdade que a Idade Média
está cheia de tímpanos de igrejas românicas repletos de diabos e suplícios infernais e que vê
circular a imagem do Triunfo da Morte; que é uma época de procissões penitenciais e, por
vezes, de uma nevrótica expectativa do fim, que os campos e os burgos são percorridos por
bandos de mendigos e de leprosos e que a literatura tem, por vezes, a alucinação das viagens
infernais. Mas, ao mesmo tempo, a Idade Média é a época em que os goliardos celebram a
alegria de viver e é, acima de tudo, a época da luz.


5- A Idade Média não ignorava a cultura clássica? 
 Embora tendo perdido os textos de muitos
autores antigos (os de Homero e dos trágicos gregos, por exemplo), conhecia Virgílio, Horácio, Tibulo, Cícero, Plínio, o Jovem, Lucano, Ovídio, Estácio, Terêncio, Séneca,
Claudiano, Marcial e Salústio. O facto de existir memória destes autores não significa,
naturalmente, que fossem do conhecimento de todos. Um destes autores podia, por vezes, ser
conhecido num mosteiro com uma biblioteca bem fornecida e desconhecido noutros locais.
Havia, no entanto, sede de conhecimento e, numa época em que as comunicações pareciam tão
difíceis (mas, como vamos ver, viajava-se muito), os doutos procuravam por todos os modos
obter manuscritos preciosos. É célebre a história de Gerberto d’Aurillac, que depois será
Silvestre II, o Papa do ano 1000, que promete a um seu correspondente uma esfera armilar se
ele lhe arranjasse o manuscrito da Farsália de Lucano. O manuscrito chega, mas Gerberto
acha-o incompleto e, não sabendo que Lucano deixara a obra por terminar, porque fora
«convidado» por Nero a abrir as veias, envia ao correspondente apenas metade de uma esfera
armilar.


6- A Idade Média não foi uma época em que ninguém se atrevia
a ir além dos limites da sua aldeia? 
É bem sabido que a Idade Média foi uma época de grandes viagens: basta pensar
em Marco Polo. A literatura medieval está repleta de relatos de viagens fascinantes, ainda que
com uma abundância de elementos lendários, e os vikings e os monges irlandeses foram
grandes navegadores, para não falar das repúblicas marítimas italianas. Mas, acima de tudo, a
Idade Média foi uma época de peregrinações, em que até os mais humildes se metiam ao
caminho em viagens penitenciais a Jerusalém, a Santiago de Compostela ou a qualquer outro
famoso santuário onde estivessem conservadas as milagrosas relíquias de algum santo. A tal
ponto que, em torno desta atividade dos peregrinos, surgem estradas e abadias (que
funcionavam também como albergues) e são escritos guias muito minuciosos que indicam os
locais dignos de visita ao longo do percurso.

7- A Idade Média não é sempre misógina? 
Os primeiros padres da Igreja manifestam um
profundo horror à sexualidade, de tal modo que alguns recorrem à autocastração, e a mulher é
sempre apontada como fomentadora do pecado. Esta misoginia mística está presente no mundo
monástico medieval; basta recordar o trecho do século X em que Odo de Cluny diz: «A beleza
do corpo está toda na pele. Com efeito, se os homens, dotados da penetração visual interna
como os linces da Beócia, vissem o que está sob a pele, a simples vista das mulheres seria
nauseabunda: essa graça feminina é apenas banhas, sangue, humor e fel. Considerai o que se
oculta no nariz, na garganta e no ventre: em toda a parte imundícies... E nós, que sentimos
repugnância em tocar sequer com as pontas dos dedos o vomitado ou o esterco, como
podemos desejar estreitar nos braços um simples caos de excrementos?» E não seria
necessário citar monges pudibundos, porque o mais feroz texto contra a mulher está em Corbaccio, de Giovanni Boccaccio, e em pleno século XIV.


8- A Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras?
Queimava-se gente na Idade Média e não só por motivos religiosos, mas também por motivos políticos, pensemos no julgamento e condenação de Joana d’Arc. Ardem hereges como frei Dolcino e ardem criminosos como Gilles de Rais, que assassinou e estuprou muitos meninos (falava-se de
200). Convém lembrar que 108 anos depois do fim «oficial» da Idade Média será queimado
Giordano Bruno no Campo dei Fiori e que o processo contra Galileu data de 1633, passados
141 anos desde o início da Idade Moderna. Galileu não foi queimado, mas em 1619, em
Toulouse, foi queimado Giulio Cesare Vanini, acusado de heresia, e em 1630, em Milão, como
nos conta Manzoni, foi queimado Gian Giacomo Mora, acusado de propagar a peste com unguentos contaminados.


9- Qual a opinião de vocês sobre a Idade Média?  Idade Média começou com a queda do Império Romano do Ocidente, em 476 d.C., e se encerrou com a tomada da capital do Império Bizantino, A Alta Idade Média estendeu-se do século V ao X. Foi a época de consolidação, na Europa Ocidental, do feudalismo, sistema socioeconômico predominante na era medieval. No Oriente, porém, em vez da descentralização política feudal, o período foi marcado por dois fortes impérios: o Bizantino e o Árabe.


Idade Média- Umberto Eco




Thalyta Saraiva, Verônica Saraiva


1- O que a Idade Média não é? Explique. Pág,04

A Idade Média não é um século. Não é um século, como o século XVI ou o século XVII, nem
um período bem definido e com características reconhecíveis como o Renascimento, o
Barroco ou o Romantismo. É uma sucessão de séculos assim chamada pelo humanista Flavio
Biondo, que viveu no século XV.

2- A Idade Média não é um período exclusivo da civilização
europeia? Explique. Pág. 05

A Idade Média não é um período exclusivo da civilização europeia. Ao mesmo tempo que
a Idade Média ocidental, ocorre a do império do Oriente, que continua viva nos esplendores
de Bizâncio durante mil anos depois da queda de Roma. Nestes mesmos séculos floresce uma
grande civilização árabe enquanto na Europa circula mais ou menos clandestinamente, mas
vivíssima, uma cultura hebraica. As fronteiras que dividem estas diversas tradições culturais
não são tão nítidas como hoje se pensa (quando predomina a imagem do conflito entre
muçulmanos e cristãos no decurso das Cruzadas). A filosofia europeia conhece Aristóteles e
outros autores grecos através de traduções árabes, e a medicina ocidental vale-se da
experiência dos árabes. As relações entre eruditos cristãos e árabes, ainda que não
proclamadas em voz alta, são frequentes.

3- Os séculos medievais não são a Idade das Trevas?
Explique.pág.6

Os séculos medievais não são a Idade das Trevas, as Dark Ages dos autores anglófonos.Se com esta expressão se pretende aludir a séculos de decadência física e cultural agitados
por terrores sem fim, fanatismo, intolerância, pestilências, fomes e carnificinas, este modelo
poderá ser aplicado, em parte, aos séculos que decorrem da queda do Império Romano até ao
novo milénio ou, pelo menos, ao renascimento carolíngio.

4- A Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida?
Explique. Pág. 10

A Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida. É verdade que a Idade Média
está cheia de tímpanos de igrejas românicas repletos de diabos e suplícios infernais e que vê
circular a imagem do Triunfo da Morte; que é uma época de procissões penitenciais e, por
vezes, de uma nevrótica expectativa do fim, que os campos e os burgos são percorridos por
bandos de mendigos e de leprosos e que a literatura tem, por vezes, a alucinação das viagens
infernais. Mas, ao mesmo tempo, a Idade Média é a época em que os goliardos celebram a
alegria de viver e é, acima de tudo, a época da luz.
Exatamente para desmentir a lenda dos tempos escuros, é conveniente que se pense no gosto
medieval da luz. Além de identificar a beleza com a proporção, a Idade Média identificava-a
com a luz e a cor, e esta cor era sempre elementar: uma sinfonia de vermelho, azul, ouro,
prata, branco e verde, sem esbatidos nem claros-escuros, em que o esplendor é gerado pelo
acordo geral em vez de se fazer determinar por uma luz que envolve as coisas por fora ou de
fazer escorrer a cor para fora dos limites da figura. Nas miniaturas medievais, a luz parece
irradiar dos objetos.

5- A Idade Média não ignorava a cultura clássica? Explique. Pág.
12

A Idade Média não ignora a cultura clássica. Embora tendo perdido os textos de muitos
autores antigos (os de Homero e dos trágicos gregos, por exemplo), conhecia Virgílio,
Horácio, Tibulo, Cícero, Plínio, o Jovem, Lucano, Ovídio, Estácio, Terêncio, Séneca,
Claudiano, Marcial e Salústio. O facto de existir memória destes autores não significa,
naturalmente, que fossem do conhecimento de todos. Um destes autores podia, por vezes, ser
conhecido num mosteiro com uma biblioteca bem fornecida e desconhecido noutros locais.
Havia, no entanto, sede de conhecimento e, numa época em que as comunicações pareciam tão
difíceis (mas, como vamos ver, viajava-se muito), os doutos procuravam por todos os modos
obter manuscritos preciosos. É célebre a história de Gerberto d’Aurillac, que depois será
Silvestre II, o Papa do ano 1000, que promete a um seu correspondente uma esfera armilar se
ele lhe arranjasse o manuscrito da Farsália de Lucano. O manuscrito chega, mas Gerberto
acha-o incompleto e, não sabendo que Lucano deixara a obra por terminar, porque fora
«convidado» por Nero a abrir as veias, envia ao correspondente apenas metade de uma esfera
armilar. A história, talvez lendária, poderia ser simplesmente engraçada, mas revela que
também naquela época estava muito desenvolvido o amor à cultura clássica.
O modo como eram lidos os autores clássicos está, contudo, vergado aos desígnios de uma
leitura cristianizadora, como é exemplo o caso de Virgílio, lido como um mago capaz de fazer
vaticínios e que na Écloga IV teria previsto o advento de Cristo.

6- A Idade Média não foi uma época em que ninguém se atrevia a ir além dos limites da sua aldeia? Explique. Pág. 14

A Idade Média não foi uma época em que ninguém se atrevia a ir além dos limites da
sua aldeia.
É bem sabido que a Idade Média foi uma época de grandes viagens: basta pensar
em Marco Polo. A literatura medieval está repleta de relatos de viagens fascinantes, ainda que
com uma abundância de elementos lendários, e os vikings e os monges irlandeses foram
grandes navegadores, para não falar das repúblicas marítimas italianas. Mas, acima de tudo, a
Idade Média foi uma época de peregrinações, em que até os mais humildes se metiam ao
caminho em viagens penitenciais a Jerusalém, a Santiago de Compostela ou a qualquer outro
famoso santuário onde estivessem conservadas as milagrosas relíquias de algum santo. A tal
ponto que, em torno desta atividade dos peregrinos, surgem estradas e abadias (que
funcionavam também como albergues) e são escritos guias muito minuciosos que indicam os
locais dignos de visita ao longo do percurso. A luta entre os grandes centros religiosos para
obter relíquias dignas de visita faz da peregrinação uma verdadeira indústria que envolvia as
comunidades religiosas e os centros habitados, e Reinaldo de Dassel, chanceler de Frederico,
Barba Roxa, tudo fez para subtrair a Milão e levar para Colónia os restos dos três reis magos.
Tem sido observado que o homem medieval tinha poucas oportunidades para se deslocar a
centros próximos, mas muitas para se aventurar a destinos remotos.



7- A Idade Média não é sempre misógina? Explique. Pág. 16

A Idade Média não é sempre misógina. Os primeiros padres da Igreja manifestam um
profundo horror à sexualidade, de tal modo que alguns recorrem à autocastração, e a mulher é
sempre apontada como fomentadora do pecado. Esta misoginia mística está presente no mundo
monástico medieval; basta recordar o trecho do século X em que Odo de Cluny diz: «A beleza
do corpo está toda na pele. Com efeito, se os homens, dotados da penetração visual interna
como os linces da Beócia, vissem o que está sob a pele, a simples vista das mulheres seria
nauseabunda: essa graça feminina é apenas banhas, sangue, humor e fel. Considerai o que se
oculta no nariz, na garganta e no ventre: em toda a parte imundícies... E nós, que sentimos
repugnância em tocar sequer com as pontas dos dedos o vomitado ou o esterco, como
podemos desejar estreitar nos braços um simples caos de excrementos?» E não seria
necessário citar monges pudibundos, porque o mais feroz texto contra a mulher está em
Corbaccio, de Giovanni Boccaccio, e em pleno século XIV.
Mas a Idade Média é também a época da mais apaixonada glorificação da mulher, quer pela
poesia cortês quer pelos cultores do novo estilo, e pensamos na divinização que Dante faz de
Beatriz. Não é apenas na imaginação poética e laica, no mundo monástico recordamos a
importância de figuras como Hildegarda de Bingen ou Catarina de Sena, que se relacionam
com os soberanos e são escutadas pela sua sabedoria e pelo seu fervor místico. Heloísa tem
uma relação carnal com o seu mestre Abelardo quando, ainda menina e não consagrada à vida
religiosa, frequenta a universidade, despertando a admiração dos colegas masculinos. Diz-se
que no século XII Bettisia Gozzadini ensinava na Universidade de Bolonha e que no século XIV
também ali ensinava outra mulher, Novella d’Andrea, que era obrigada a cobrir o rosto com
um véu para que a sua extraordinária beleza não distraísse os estudantes.

8- A Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras?
Explique. Pág. 17

A Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras. Queimava-se gente na
Idade Média e não só por motivos religiosos, mas também por motivos políticos, pensemos no
julgamento e condenação de Joana d’Arc. Ardem hereges como frei Dolcino e ardem
criminosos como Gilles de Rais, que assassinou e estuprou muitos meninos (falava-se de
200).
Convém lembrar que 108 anos depois do fim «oficial» da Idade Média será queimado
Giordano Bruno no Campo dei Fiori e que o processo contra Galileu data de 1633, passados
141 anos desde o início da Idade Moderna. Galileu não foi queimado, mas em 1619, em
Toulouse, foi queimado Giulio Cesare Vanini, acusado de heresia, e em 1630, em Milão, como
nos conta Manzoni, foi queimado Gian Giacomo Mora, acusado de propagar a peste com
unguentos contaminados.

9- Qual a opinião de vocês sobre a Idade Média? Explique.

A Idade Média é tratada de forma divergente pelos historiadores. Alguns dizem que foi uma época de trevas, visto que não houve significativos avanços do saber e da arte. De fato, podemos considerar este período como uma fase de transição, uma época de dificuldades e inseguranças para toda a Europa ocidental. No entanto, vale ressaltar que o mesmo foi essencial para o surgimento da civilização moderna, com suas novas ideias e princípios que acabaram mudando o mundo.









IDADE MÉDIA UMBERTO ECO

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1- O que a Idade Média não é? Explique. Pág,04? Não é um século, como o século XVI ou o século XVII, nem
um período bem definido e com características reconhecíveis como o Renascimento, o
Barroco ou o Romantismo. É uma sucessão de séculos assim chamada pelo humanista Flavio
Biondo, que viveu no século XV. Como todos os humanistas, Biondo preconizava um regresso
à cultura da Antiguidade Clássica e, por assim dizer, colocava entre parêntesis os séculos (em
que ele via uma época de decadência) que decorreram entre a queda do Império Romano
(476) e o seu tempo – embora o destino haja decidido que, afinal, Flavio Biondo pertencesse
também à Idade Média, por ter morrido em 1463 e se ter convencionalmente fixado o fim da
Idade Média no ano de 1492, o ano do descobrimento da América e da expulsão dos mouros
de Espanha.

2- A Idade Média não é um período exclusivo da civilização
europeia? Explique. Pág. 05  Ao mesmo tempo que
a Idade Média ocidental, ocorre a do império do Oriente, que continua viva nos esplendores
de Bizâncio durante mil anos depois da queda de Roma.Nestes mesmos séculos floresce uma
grande civilização árabe enquanto na Europa circula mais ou menos clandestinamente, mas
vivíssima, uma cultura hebraica. As fronteiras que dividem estas diversas tradições culturais
não são tão nítidas como hoje se pensa (quando predomina a imagem do conflito entre
muçulmanos e cristãos no decurso das Cruzadas).

3- Os séculos medievais não são a Idade das Trevas?
Explique.pág.6 Se com esta expressão se pretende aludir a séculos de decadência física e cultural agitados
por terrores sem fim, fanatismo, intolerância, pestilências, fomes e carnificinas, este modelo
poderá ser aplicado, em parte, aos séculos que decorrem da queda do Império Romano até ao
novo milénio ou, pelo menos, ao renascimento carolíngio. Mas os tempos anteriores ao ano 1000 foram um tanto ou quanto escuros porque as invasões
bárbaras, que durante alguns séculos fustigaram a Europa, destruíram aos poucos a civilização
romana: as cidades estavam despovoadas ou em ruínas, as grandes estradas já não recebiam
cuidados e desapareciam nos matagais, estavam esquecidas técnicas fundamentais como a
extração dos metais e da pedra, as terras de cultivo estavam ao abandono e, antes do fim do
milénio ou pelo menos antes da reforma feudal de Carlos Magno, zonas agrícolas inteiras
eram de novo florestas.

4- A Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida?
Explique. Pág. 10 É verdade que a Idade Média
está cheia de tímpanos de igrejas românicas repletos de diabos e suplícios infernais e que vê
circular a imagem do Triunfo da Morte; que é uma época de procissões penitenciais e, por
vezes, de uma nevrótica expectativa do fim, que os campos e os burgos são percorridos por
bandos de mendigos e de leprosos e que a literatura tem, por vezes, a alucinação das viagens
infernais. Mas, ao mesmo tempo, a Idade Média é a época em que os goliardos celebram a
alegria de viver e é, acima de tudo, a época da luz.

5- A Idade Média não ignorava a cultura clássica? Explique. Pág.
12 Uma interpretação com raízes nas
polémicas positivistas do século XIX defende que a Idade Média rejeitou todos os achados
científicos da Antiguidade Clássica para não contradizer a letra das Sagradas Escrituras. É
verdade que alguns autores patrísticos tentaram fazer uma leitura absolutamente literal da
Escritura no ponto em que diz que o mundo está feito como um tabernáculo. Por exemplo, no
século IV, Lactâncio (nas Institutiones Divinæ) opõe-se com base nisso às teorias pagãs da
rotundidade da Terra, até porque não podia admitir a ideia da existência das regiões
antípodas, onde as pessoas teriam de andar de cabeça para baixo. Ideias análogas tinham sido
defendidas por Cosmas Indicopleustes, um geógrafo bizantino do século VI que, pensando
também no tabernáculo bíblico, na sua Topografia Cristiana, descrevera minuciosamente um
cosmo de forma cúbica, com um arco a cobrir o pavimento plano da Terra.

6- A Idade Média não foi uma época em que ninguém se atrevia
a ir além dos limites da sua aldeia? Explique. Pág. 14  A Idade Média, época
de grandes santos e de um poder incontestado da Igreja, de influência das abadias, dos grandes
mosteiros e dos bispos das cidades, não foi, porém, apenas uma época de costumes severos,
insensível aos atrativos da carne e dos prazeres dos sentidos em geral.
Para começar, temos os troubadours provençais e os minnesänger alemães, inventores do
amor cortês como paixão casta, mas obsessiva, por uma mulher inacessível e, portanto, como
muitos dizem, do amor romântico no sentido moderno do termo, como desejo insatisfeito e
sublimado.

7- A Idade Média não é sempre misógina? Explique. Pág. 16 Os primeiros padres da Igreja manifestam um
profundo horror à sexualidade, de tal modo que alguns recorrem à autocastração, e a mulher é
sempre apontada como fomentadora do pecado. Esta misoginia mística está presente no mundo
monástico medieval; basta recordar o trecho do século X em que Odo de Cluny diz: «A beleza
do corpo está toda na pele. Com efeito, se os homens, dotados da penetração visual interna
como os linces da Beócia, vissem o que está sob a pele, a simples vista das mulheres seria
nauseabunda: essa graça feminina é apenas banhas, sangue, humor e fel. Considerai o que se
oculta no nariz, na garganta e no ventre: em toda a parte imundícies... E nós, que sentimos
repugnância em tocar sequer com as pontas dos dedos o vomitado ou o esterco, como
podemos desejar estreitar nos braços um simples caos de excrementos?» E não seria
necessário citar monges pudibundos, porque o mais feroz texto contra a mulher está em
Corbaccio, de Giovanni Boccaccio, e em pleno século XIV.

8- A Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras?
Explique. Pág. 17 Outra ideia corrente
sobre a Idade Média é a de ter sido uma época rigidamente vigiada por um aparelho piramidal
do poder, temporal e espiritual, com uma rígida divisão de senhores e súbditos, sem que da
base emanasse o mínimo sinal de impaciência e revolta. Mas isto é, quando muito, uma
piedosa visão da Idade Média sonhada pelos reacionários de todos os séculos, avessos às
polémicas, revoltas e contestações dos tempos modernos.
Prescindindo de ter sido na Idade Média que são limitados os poderes dos soberanos, pois a
Magna Carta data de 1215, e afirmadas as liberdades das comunas perante o Império
Germânico, é na Idade Média que pela primeira vez se esboça uma espécie de luta de classes
dos humildes contra os poderosos, mais ou menos apoiada em ideias religiosas de renovação
do mundo, por isso julgadas heréticas.

9- Qual a opinião de vocês sobre a Idade Média? Explique. Para não ter a mesma extensão dos volumes a que se refere, uma introdução à Idade Média
deveria limitar-se a dizer que a Idade Média é o período que começa quando o Império
Romano se dissolve e que, fundindo a cultura latina, tendo o cristianismo como aglutinante,
com a dos povos que pouco a pouco foram invadindo o império, dá origem ao que hoje
chamamos Europa, com as suas nações, as línguas que ainda hoje falamos e as instituições
que, apesar de mudanças e revoluções, são ainda as nossas.

Nome: Gregory Duarte, Débora Gabriela
Turma:A7


sábado, 23 de setembro de 2017

O REINO DE GANA - ÁFRICA ANTIGA



                                                          
Trabalho das alunas:
CAROLINA FERNANDEZ,
 TALYTA SARAIVA
Turma: A7/2017


1- De onde vem o nome do reino (Gana)?


O nome do reino vem da forma com que tratavam seu líder, o gana, “senhor do ouro”. Suas terras eram chamadas de Uagadu e, embora muitas fontes se refiram a Gana como um “império”, a nomenclatura é controversa. Os historiadores que a condenam defendem que impérios têm intenções expansionistas. Não era o caso de Gana, que não estava interessado em aumentar seus domínios. Queria, sim, multiplicar sua riqueza. Nem sequer as fronteiras do reino eram bem definidas. O importante era cobrar impostos e controlar os entrepostos comerciais.


2- Descreva a localização de Gana. Inserir um mapa.


O Reino de Gana ficava na região oeste da África, na área que compreende hoje o Mali e o sul da Mauritânia, alcançou seu ápice entre os séculos VII e XI. Através da captação dos recursos naturais, principalmente ouro e metais preciosos dos territórios dominados pelo reino, transformou-se na principal autoridade econômica da região. Desde já, percebemos a instigante história de um reino que prosperou mesmo não possuindo saídas para o mar e estando próximo a uma região considerada economicamente inviável.

3- Como começaram a superar as dificuldades geográficas?


As dificuldades geográficas explícitas da região começaram a ser superadas quando as populações da África Subsaariana (ou África negra) passaram a ter contato com a porção norte do continente. Graças à domesticação do camelo, foi possível que comunidades pastoris próximas do Deserto do Saara começassem a empreender novas atividades econômicas. Nas épocas de seca, os pastores berberes deslocavam-se para a região do Sael para realizar trocas comerciais com os povos da região.

Essas pessoas representam a cultura do povo em seu território, pois a cultura faz com a vida das pessoas mude de lugar para lugar.










4- Qual a origem reino de Gana? Quem é soninquê?


Entre essas populações se destacavam os soninquês, que ocupavam uma região próxima às margens dos rios Senegal e Níger. Esse povo começou a se organizar em comunidades agricultoras estáveis que se uniram, principalmente, por conta dos ataques de tribos nômades. A região que era rica em ouro aliou sua produção agrícola ao comércio na região para empreender a formação do Reino de Gana. Dessa forma, estabelecia-se uma monarquia no interior da África.

5- Quando e como o reino de Gana alcançou a altura de sua
grandeza?

O Reino de Gana alcançou a altura de sua grandeza durante o reinado de Tenkamenin (1037 – 1075). Através de sua administração cuidadosa do comércio de ouro pelo deserto do Saara na África Ocidental, o império de Tenkamenin floresceu economicamente. Mas sua maior força estava no governo. Todo dia ele ia a cavalo e escutava os problemas e preocupações de seu povo. Ele insistiu que a ninguém fosse negada uma audiência e que lhes permitissem permanecer em sua presença até que a justiça fosse feita.

6- Como acontecia a sucessão do trono? Explique.

Quanto à sucessão ao trono, ela era matrilinear: era o filho da irmã do rei que lhe sucedia. Segundo Ki-Zerbo, o escritor árabe Al Bakri diz que era para assegurar que o sucessor fosse sempre de sangue real, já que seu filho poderia não ser realmente seu filho. Mas Ki-Zerbo também cita Cheik Anta Diop, para dizer que o sistema 
matrilinear foi prática comum aos povos africanos e ligada ao seu caráter agrícola e sedentário.


7- O que faziam quando morria o gana? Explique.


quando morria o gana, erguia-se uma grande cabana de madeira para acolher seu corpo. Ali se colocavam suas vestes, suas armas, os objetos que usara para comer e beber, e comida e bebidas. Conduziam-se para dentro do que seria o túmulo os criados que tinham servido ao rei. Ki-Zerbo diz que isso era para prevenir que não ocorreriam envenenamentos. Vedava-se a porta. O povo jogava terra sobre a cabana, até que houvesse uma espécie de colina. Ao redor, cavava-se um fosso. Ao morto, eram oferecidos sacrifícios humanos e bebidas fermentadas.




Esta imagem representa uma das religiões mais comuns da África, o Camdomblé. Aqui esta representado os orixás, que é como se fossem os deuses.








8- Quando o reino de Gana começou a sentir os primeiros sinais

de crise?

O reino de Gana começou a sentir os primeiros sinais de sua crise com o esgotamento das minas de ouro que sustentavam a sua economia. Além disso, após o século VIII, a expansão islâmica ameaçou a estrutura centralizada do governo. Os chamados almorávidas teriam empreendido os conflitos que, em nome de Alá, desestruturaram o Reino de Gana. A partir de então, os reinos de Mali, Sosso e Songai disputariam a região.

9- Como o reino de Gana foi dividido? Explique.

Em nome do Islamismo, os berberes, da dinastia dos almorávidas, vindos do Magrebe, atacaram e conquistaram Kumbi Saleh, rompendo a unidade do reino que a partir de então ficou dividido numa parte Norte muçulmana, comandada pelos almorávidas, e uma parte Sul, comandada pelos soninquês, onde se refugiaram os não muçulmanos.

10- Pesquise sobre as religiões de Gana e escreva explicando.


Até a chegada dos europeus na costa de Gana no século XIV, a religião que era praticada em Gana foi a religião tradicional Africano. Como os europeus explorados e assumiu o controle de partes do país durante o período colonial, assim como sua religião - o Cristianismo se espalhou. 
· Nessa região, as religiões são distribuídas dessa maneira:Cristianismo, 57,6% (protestantes, 24%, independentes, 15,7%, outros, 12,6%, sem filiação, 5,3%), crenças tradicionais, 22,1%, islamismo, 19,8%, sem religião e ateísmo, 0,5%.


Escravos africanos sendo levados de barco para algum lugar onde servirão alguém




sexta-feira, 22 de setembro de 2017

André Falcão

O REINO DE GANA

Resultado de imagem para  gana.

1- De onde vem o nome do reino (Gana)?

O nome do reino vem da forma com que tratavam seu líder, o gana, “senhor do ouro”. 
2- Descreva a localização de Gana. Inserir um mapa.
O Reino de Gana ficava na região oeste da África, na área que compreende hoje o Mali e o sul da Mauritânia.

3- Como começaram a superar as dificuldades geográficas?

As dificuldades geográficas explícitas da região começaram a ser superadas quando as populações da África Subsaariana (ou África negra) passaram a ter contato com a porção norte do continente. Graças à domesticação do camelo, foi possível que comunidades pastoris próximas do Deserto do Saara começassem a empreender novas atividades econômicas

4- Qual a origem reino de Gana? Quem é soninquê?

O Reino de Gana surgiu por volta do século IV como Estado centralizado. As fronteiras ocidentais seguem a linha do rio Senegal; as orientais perto de Tombuctu; embaixo são delimitadas pelo rio Níger e acima pela linha de Tebferilla. Costuma-se dizer que a origem do Reino de Gana remonta aos soninquês. O soninquê é um povo que habitou o Saara Ocidental antes dessas áreas se desertificarem - antes de Cristo.

6- Como acontecia a sucessão do trono? Explique.

Quanto à sucessão ao trono, ela era matrilinear: era o filho da irmã do rei que lhe sucedia. Segundo Ki-Zerbo, o escritor árabe Al Bakri diz que era para assegurar que o sucessor fosse sempre de sangue real, já que seu filho poderia não ser realmente seu filho.

7- O que faziam quando morria o gana? Explique.

Quando morria o gana, erguia-se uma grande cabana de madeira para acolher seu corpo. Ali se colocavam suas vestes, suas armas, os objetos que usara para comer e beber, e comida e bebidas. Conduziam-se para dentro do que seria o túmulo os criados que tinham servido ao rei. Ki-Zerbo diz que isso era para prevenir que não ocorreriam envenenamentos. Vedava-se a porta. O povo jogava terra sobre a cabana, até que houvesse uma espécie de colina.


8- Quando o reino de Gana começou a sentir os primeiros sinaisde crise?

O reino de Gana começou a sentir os primeiros sinais de sua crise com o esgotamento das minas de ouro que sustentavam a sua economia.

9- Como o reino de Gana foi dividido? Explique.

Em nome do Islamismo, os berberes, da dinastia dos almorávidas, vindos do Magrebe, atacaram e conquistaram Kumbi Saleh, rompendo a unidade do reino que a partir de então ficou dividido numa parte Norte muçulmana, comandada pelos almorávidas, e uma parte Sul, comandada pelos soninquês, onde se refugiaram os não muçulmanos.

10- Pesquise sobre as religiões de Gana e escrevaexplicando.

 Até a chegada dos europeus na costa de Gana no século XIV, a religião que era praticada em Gana foi a religião tradicional Africano. Como os europeus explorados e assumiu o controle de partes do país durante o período colonial, assim como sua religião - o Cristianismo se espalhou.
·       Nessa região, as religiões são distribuídas dessa maneira:Cristianismo, 57,6% (protestantes, 24%, independentes, 15,7%, outros, 12,6%, sem filiação, 5,3%), crenças tradicionais, 22,1%, islamismo, 19,8%, sem religião e ateísmo, 0,5%.

11- Inserir três imagens com legendas sobre gana.

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A evolução de Gana .




12- Inserir um vídeo do you tube sobre a história de gana.



Verônica


O REINO DE GANA

1- De onde vem o nome do reino (Gana)?
vem da forma com que tratavam seu líder, o gana, “senhor do ouro”. Suas terras eram chamadas de Uagadu e, embora muitas fontes se refiram a Gana como um “império”, a nomenclatura é controversa.



2- Descreva a localização de Gana. Inserir um mapa.

3- Como começaram a superar as dificuldades geográficas?
As dificuldades geográficas explícitas da região começaram a ser superadas quando as populações da África Subsaariana (ou África negra) passaram a ter contato com a porção norte do continente. Graças à domesticação do camelo, foi possível que comunidades pastoris próximas do Deserto do Saara começassem a empreender novas atividades econômicas.


4- Qual a origem reino de Gana? Quem é soninquê?

O Reino de Gana surgiu por volta do século IV como Estado centralizado. As fronteiras ocidentais seguem a linha do rio Senegal; as orientais perto de Tombuctu; embaixo são delimitadas pelo rio Níger e acima pela linha de Tebferilla. Costuma-se dizer que a origem do Reino de Gana remonta aos soninquês. O soninquê é um povo que habitou o Saara Ocidental antes dessas áreas se desertificarem - antes de Cristo.

5- Quando e como o reino de Gana alcançou a altura de sua grandeza?
O Reino de Gana alcançou a altura de sua grandeza durante o reinado de Tenkamenin (1037 – 1075).



6- Como acontecia a sucessão do trono? Explique.
ela era matrilinear: era o filho da irmã do rei que lhe sucedia. Segundo Ki-Zerbo, o escritor árabe Al Bakri diz que era para assegurar que o sucessor fosse sempre de sangue real, já que seu filho poderia não ser realmente seu filho. 

7- O que faziam quando morria o gana? Explique.
erguia-se uma grande cabana de madeira para acolher seu corpo. Ali se colocavam suas vestes, suas armas, os objetos que usara para comer e beber, e comida e bebidas. Conduziam-se para dentro do que seria o túmulo os criados que tinham servido ao rei. Ki-Zerbo diz que isso era para prevenir que não ocorreriam envenenamentos.
8- Quando o reino de Gana começou a sentir os primeiros sinais
de crise?
O reino de Gana começou a sentir os primeiros sinais de sua crise com o esgotamento das minas de ouro que sustentavam a sua economia. Além disso, após o século VIII, a expansão islâmica ameaçou a estrutura centralizada do governo. 

9- Como o reino de Gana foi dividido? Explique.
Em nome do Islamismo, os berberes, da dinastia dos almorávidas, vindos do Magrebe, atacaram e conquistaram Kumbi Saleh, rompendo a unidade do reino que a partir de então ficou dividido numa parte Norte muçulmana, comandada pelos almorávidas, e uma parte Sul, comandada pelos soninquês, onde se refugiaram os não muçulmanos.

10- Pesquise sobre as religiões de Gana e escreva
explicando.crenças tradicionais 38%, islamismo 30%, cristianismo 24% (católicos 12,1%, cristãos africanos 4,9%, protestantes 4,9%, anglicanos 2,1%), outras 8% 

cristianismo 

O cristianismo começou no século I como uma seita do judaísmo, partilhando por isso textos sagrados com esta religião, em concreto o Tanakh, que os cristãos denominam de Antigo Testamento. À semelhança do judaísmo e do islão, o cristianismo é considerado como uma religião abraâmica. 

hinduismo 

A história do hinduísmo na África é relativamente recente, em comparação com a história do Islão, o Cristianismo ou Judaísmo. No entanto, a presença de seus praticantes na África remonta aos tempos pré-coloniais, até a época medieval. 

islamismo 

Islã tem adeptos em toda a África. É a religião dominante na África do Norte, e também proeminente na África Ocidental (sobretudo na Costa do Marfim, Gana norte, sudoeste e norte da Nigéria), no Nordeste de África e ao longo da costa da África Oriental. 

judaismo 

Existem várias comunidades Africanas adeptas do judaísmo dispersos por todo o continente Africano, incluindo o Beta Israel da Etiópia, o Abayudaya de Uganda, a Casa de Israel no Gana e os Lemba da África Austral. 

religião tradicional 

A tradicional religião africana engloba uma grande variedade de crenças tradicionais. Tradicionais costumes religiosos são, por vezes, partilhada por muitos Africanos, mas são geralmente exclusivo para grupos étnicos específicos. Muitos Africanos cristãos e muçulmanos mantem alguns aspectos de suas religiões tradicionais. 




12- Inserir um vídeo do you tube sobre a história de gana.



sexta-feira, 1 de setembro de 2017

ATENAS ANTIGA ANDRE falcao



1-Como estava dividida a sociedade de Atenas? Pág. 155
A SOCIEDADE ATENIENSE ESTAVA DIVIDIDA ENTRE OS EUPÁTRIDAS ("BEM NASCIDOS"),OS GEORGOI (CAMPONESES) E OS DEMIOURGOI (ARTESAOS).

2- Quais produtos a cidade de Atenas importava? Quais produtos comercializava? P155
IMPORTAVAM SE CEREAIS DAS COLONIAS DO MAR NEGRO ,BEM COMO TECIDOS ,TAPETES E PERFUMES DA COSTA DA ANATÓLIA . VINHO ,AZEITE ,CERÂMICA E OBJETOS METÁLICOS COM AS ILHAS DO MAR EGEU.

3- O que promoveu, aboliu e reorganizou o arconte Sólon? Pág. 155
PROMOVEU REFORMAS POLITICAS E SOCIAIS EM ATENAS , ABOLINDO A ESCRAVIDÃO POR DIVIDAS E REORGANIZANDO A SOCIEDADE DE ACORDO COM A RENDA AGRARIA DOS ATENIENSES . 


4- O que a polis significava para os gregos antigos? Pág.155
,UMA ÉPOCA CLÁSSICA A POLIS NÃO DESIGNAVA UM LUGAR GEOGRÁFICO ,MAS UMA PRATICA POLITICA EXERCIDA PELA COMUNIDADE DE SEUS CIDADÃOS.DA MESMA FORMA SE REFERIAM OS ROMANOS A CIVITAS, A CIDADE NO SENTIDO DA PARTICIPAÇÃO DO CID

5- Quais fatores contribuíram para o desenvolvimento de acirradas lutas civis? pag .156
 A luta pela  terra ,a a ascensão de comerciantes e a pressão de Hilotas e marinheiros contribuiam para o desencadeamento de acirradas lutas civis.

6- Quem e o  tirano ? O que gerou a ascensão dos tiranos? pag. 156
Usurpador do poder politico.A ascensão dos tiranos em Atenas gerou uma forte instabilidade politica.

7-Em qual  sentido atuou e o que fez no seu governo o tirano Pisistrato? p.156

Atuou no sentido de atender as reividicaçoes populares . Durante seu governo , novas obras publicas forneceram ocupaçao e renda aos artesãos



8-Quais foram as realizaçoes do tirano Clistenes?p.156
Abolindo o poder das antigas tribos, entre 508 e 507 a.C., concedeu direitos políticos a todos os  cidadãos e estabeleceu uma nova divisao territorial para a Atica , baseada no demos.




A instituição da República Romana (Natalia Silva)

A instituição da República Romana


1.O que causou o descontentamento dos patrícios?

A aproximação dos reis com algumas reivindicações populares e a concentração do poder causaram descontentamento dos patrícios.

2.O que fazia o senado:

a)Na política externa - Somente o Senado poderia autorizar as guerras e alianças com outras cidades.

b)Internamente - Ele preparava as leis, administrava as finanças, zelava pelo respeito ás tradições, decidia sobre o recrutamento militar e escolhia os ditadores em época de crise.

3.O que designava o termo república no sentido mais amplo? Por que Roma era uma república aristocrática?

Em seu sentido mais amplo, república designava a organização política de uma comunidade com vistas a servir ao bem público.
Roma é um caso de República aristocrática, pois apenas os "bem-nascidos" (patrícios), desde o inicio, tinham todos os direitos políticos.

4.Por que os romanos valorizavam a disciplina e a praticidade?

A mobilização constante para a guerra fez com que os romanos valorizassem a disciplina e a praticidade.

5.Como os plebeus conquistaram seus direitos políticos? Como criaram a figura do Tribuno da Plebes?

Ao promover sucessivas revoltas, a partir do século V, os plebeus conquistaram gradualmente seus direitos políticos. Em 494 a.C., após a revolta do Monte Aventino, quando ameaçaram abandonar a cidade e fundar outra, os plebeus conseguiram criar a figura do Tribuno da Plebes, uma magistratura exclusiva.

6.Explique sobre a Lei das Doze Tábuas.

Por volta de 494 a.C., as primeiras leis escritas foram aprovadas: a Lei das Doze tábuas. Daí em diante, os plebeus conquistaram vários direitos, como o de casar com patrícios (Lei Canuleia) e o de ocupar cargos da magistratura.

7.O que acontecia antes das leis serem escritas?

Até esse período, elas faziam parte da tradição oral e podiam ser interpretadas e manipuladas pelos patrícios, que detinham poder sobre os julgamentos dos litígios.




sexta-feira, 11 de agosto de 2017

Atenas Antiga (Natalia Silva e Douglas Sanguiné)

Perguntas e Respostas


1.Como estava dividida a sociedade de Atenas?

A sociedade ateniense estava dividida entre os eupátridas ("bem nascidos"), os georgói (camponeses) e os demiourgói (artesãos), além, é claro, dos escravos, prisioneiros de guerra ou endividados.


2.Quais produtos a cidade de Atenas importava? Quais produtos comercializava?

Importavam-se cereais das colônias do Mar Negro, bem como tecidos, tapetes e perfumes da costa da Anatólia.
Além disso, a cidade comercializava vinho, azeite, cerâmica e objetos metálicos com ilhas do Mar Egeu.

3.O que promoveu, aboliu e reorganizou o arconte Sólon?

O arconte Sólon promoveu reformas politicas e sociais em Atenas, abolindo a escravidão por dividas e reorganizando a sociedade de acordo com a renda agraria dos atenienses.

4.O que a polis significava para os gregos antigos?

Se no caso da pólis ou da civitas o conceito de cidade não se referia á dimensão espacial da cidade, e sim sim sua dimensão politica, o conceito de cidadão não se refere ao morador da cidade, mas o individuo que, por direito, pode participar da vida politica.

5.Quais fatores contribuíram para o desencadeamento de acirradas lutas civis?

A luta pela terra, a ascensão de comerciantes e a pressão de h ilotas e marinheiros contribuíram para o desencadeamento de acirradas lutas civis.



6.Quem é o Tirano? O que gerou a ascensão dos Tiranos?

Nesse cenário turbulento, surgiu uma figura do tirano, usurpador do poder politico. A ascensão dos tiranos em Atenas gerou uma forte instabilidade politica, quando as lutas entre facções da aristocracia, valendo-se do apoio dos mais pobres, impôs um regime de força a todos.

7.Em qual sentido atuou e o que fez no seu governo o Tirano Pisístrato?

Pisístrato, o primeiro tirano de Atenas, subiu ao poder e atuou no sentido de atender as reivindicações populares. Durante seu governo, novas obras publicas forneceram ocupação e renda aos artesãos.

8.Quais foram as realizações do tirano Clístenes?

Aboliu o poder das antigas tribos, concedeu direitos políticos a todos os cidadãos e estabeleceu uma nova divisão territória para a Ática, baseada no demos.