1 O que a Idade Média não é? Explique. Pág,04
Não é um século, como o século XVI ou o século XVII, nem
um período bem definido e com características reconhecíveis como o Renascimento, o
Barroco ou o Romantismo. É uma sucessão de séculos assim chamada pelo humanista Flavio
Biondo, que viveu no século XV. Como todos os humanistas, Biondo preconizava um regresso
à cultura da Antiguidade Clássica e, por assim dizer, colocava entre parêntesis os séculos (em
que ele via uma época de decadência) que decorreram entre a queda do Império Romano
(476) e o seu tempo – embora o destino haja decidido que, afinal, Flavio Biondo pertencesse
também à Idade Média, por ter morrido em 1463 e se ter convencionalmente fixado o fim Idade Média no ano de 1492, o ano do descobrimento da América e da expulsão dos mouros
de Espanha.
2- A Idade Média não é um período exclusivo da civilização
europeia? Explique. Pág. 05
A Idade Média não é um período exclusivo da civilização europeia. Ao mesmo tempo que
a Idade Média ocidental, ocorre a do império do Oriente, que continua viva nos esplendores
de Bizâncio durante mil anos depois da queda de Roma. Nestes mesmos séculos floresce uma
grande civilização árabe enquanto na Europa circula mais ou menos clandestinamente, mas
vivíssima, uma cultura hebraica. As fronteiras que dividem estas diversas tradições culturais
não são tão nítidas como hoje se pensa (quando predomina a imagem do conflito entre
muçulmanos e cristãos no decurso das Cruzadas).
3- Os séculos medievais não são a Idade das Trevas?
Explique.pág.6
Se com esta expressão se pretende aludir a séculos de decadência física e cultural agitados
por terrores sem fim, fanatismo, intolerância, pestilências, fomes e carnificinas, este modelo
poderá ser aplicado, em parte, aos séculos que decorrem da queda do Império Romano até ao
novo milénio ou, pelo menos, ao renascimento carolíngio.
4- A Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida?
Explique. Pág. 10
Idade Média não tinha só uma visão sombria da vida. É verdade que a Idade Média
está cheia de tímpanos de igrejas românicas repletos de diabos e suplícios infernais e que vê
circular a imagem do Triunfo da Morte; que é uma época de procissões penitenciais e, por
vezes, de uma nevrótica expectativa do fim, que os campos e os burgos são percorridos por
bandos de mendigos e de leprosos e que a literatura tem, por vezes, a alucinação das viagens
infernais. Mas, ao mesmo tempo, a Idade Média é a época em que os goliardos celebram a
alegria de viver e é, acima de tudo, a época da luz.
Exatamente para desmentir a lenda dos tempos escuros, é conveniente que se pense no gosto
medieval da luz.
5) A idade media nao ignorava acultura classica? Explique pag 12
Idade Média não ignora a cultura clássica. Embora tendo perdido os textos de muitos
autores antigos (os de Homero e dos trágicos gregos, por exemplo), conhecia Virgílio,
Horácio, Tibulo, Cícero, Plínio, o Jovem, Lucano, Ovídio, Estácio, Terêncio, Séneca,
Claudiano, Marcial e Salústio. O facto de existir memória destes autores não significa,
naturalmente, que fossem do conhecimento de todos. Um destes autores podia, por vezes, ser
conhecido num mosteiro com uma biblioteca bem fornecida e desconhecido noutros locais.
Havia, no entanto, sede de conhecimento e, numa época em que as comunicações pareciam tão
difíceis (mas, como vamos ver, viajava-se muito), os doutos procuravam por todos os modos
obter manuscritos preciosos. É célebre a história de Gerberto d’Aurillac, que depois será
Silvestre II, o Papa do ano 1000, que promete a um seu correspondente uma esfera armilar se
ele lhe arranjasse o manuscrito da Farsália de Lucano.
6- A Idade Média não foi uma época em que ninguém se atrevia
a ir além dos limites da sua aldeia? Explique. Pág. 14
É bem sabido que a Idade Média foi uma época de grandes viagens: basta pensar
em Marco Polo. A literatura medieval está repleta de relatos de viagens fascinantes, ainda que
com uma abundância de elementos lendários, e os vikings e os monges irlandeses foram
grandes navegadores, para não falar das repúblicas marítimas italianas.
7- A Idade Média não é sempre misógina? Explique. Pág. 16
A Idade Média não é sempre misógina. Os primeiros padres da Igreja manifestam um
profundo horror à sexualidade, de tal modo que alguns recorrem à autocastração, e a mulher é
sempre apontada como fomentadora do pecado. Esta misoginia mística está presente no mundo
monástico medieval; basta recordar o trecho do século X em que Odo de Cluny diz: «A beleza
do corpo está toda na pele. Com efeito, se os homens, dotados da penetração visual interna
como os linces da Beócia, vissem o que está sob a pele, a simples vista das mulheres seria
nauseabunda: essa graça feminina é apenas banhas, sangue, humor e fel. Considerai o que se
oculta no nariz, na garganta e no ventre: em toda a parte imundícies... E nós, que sentimos
repugnância em tocar sequer com as pontas dos dedos o vomitado ou o esterco, como
podemos desejar estreitar nos braços um simples caos de excrementos?» E não seria
necessário citar monges pudibundos, porque o mais feroz texto contra a mulher está em
Corbaccio, de Giovanni Boccaccio, e em pleno século XIV.
8- A Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras?
Explique. Pág. 17
Idade Média não foi a única época iluminada por fogueiras. Queimava-se gente na
Idade Média e não só por motivos religiosos, mas também por motivos políticos, pensemos no
julgamento e condenação de Joana d’Arc. Ardem hereges como frei Dolcino e ardem
criminosos como Gilles de Rais, que assassinou e estuprou muitos meninos (falava-se de
200).
Convém lembrar que 108 anos depois do fim «oficial» da Idade Média será queimado
Giordano Bruno no Campo dei Fiori e que o processo contra Galileu data de 1633, passados
141 anos desde o início da Idade Moderna. Galileu não foi queimado, mas em 1619, em
Toulouse, foi queimado Giulio Cesare Vanini, acusado de heresia, e em 1630, em Milão, como
nos conta Manzoni, foi queimado Gian Giacomo Mora, acusado de propagar a peste com
unguentos contaminados.
O mais feroz manual da Inquisição (nevrótica fenomenologia da feitiçaria e cruel testemunho
de misoginia e fanático obscurantismo), o infame Malleus Maleficarum, de Kramer e
Sprenger, é de 1486 (só seis anos antes do fim «oficial» da «idade das trevas»), e a mais
implacável perseguição das bruxas decorre, com as suas fogueiras, do Renascimento em
diante.
9- Qual a opinião de vocês sobre a Idade Média? Explique.
a idade media e os temas medievais são usados ate hoje em historia reais ou fantastica que chegaram ate nos. Assim,os contos de fadas,com suas princesas e castelos,dragões e reais,são geralmente um ambientadas bravura dos cavalheiros das cruzadas que atravessaram a Origem medio ea europa para lutar contra os infieis muitos rituais catolicos tem origem medieval. Enfim,a idade media e uma fonte de historia infantis, de lendas,filmes,jogos,e video game. Mas ela se compôs fundamentalmente de fatos reais .
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